E ouso dizer, esse tipo de aborto não é menos cruel do que aqueles que ouvimos habitualmente. Um pai aborta quando nega a paternidade, abandonando a mãe ainda na gestação, sem qualquer perspectiva de como será a vida da criança. Um pai aborta quando se esquiva das responsabilidades, deixando a cargo da mãe, a árdua tarefa de cuidar sozinha de uma vida. Um pai aborta quando nega a miséria de pensão para o próprio filho, sujeitando a mãe a ter que recorrer ao judiciário para "mendigar" os valiosos (ironia) R$ 200,00 mensais. Um pai aborta quando não participa da criação, quando não faz questão de ver a criança, quando não dá condições mínimas para que ela cresça de forma saudável.
Um pai aborta quando utiliza a criança somente para status de Facebook, ou pra parecer responsável num curto passeio no parque, de 15 em 15 dias.
Um pai aborta quando ataca a maior defesa do filho, que é a mãe, torturando psicologicamente a única pessoa que vive por ele, com ameaças de guarda ou alienação (montada). Um pai aborta quando recusa a ligação da mãe desesperada por um remédio para o próprio filho. Um pai aborta quando ignora as mensagens da mãe cobrando a mísera pensão que é a fonte básica da criança. Um pai aborta quando acha que dinheiro supre presença e amor, cuidado e proteção.
Eu poderia listar uma infinidade de possibilidades de abortos pelos pais irresponsáveis que eu lido no dia a dia, na minha insistente missão em defesa dessas mães, mas vou me restringir apenas a esse breve resumo.
O pior tipo de aborto, é daquele que o pai resolve matar aos poucos. É o tipo de crime que pode durar anos, ou até mesmo a vida inteira. Pra esses pais que abortam em vida, eu só tenho algo a dizer: "O tempo passa, e seus filhos deixarão de ser crianças, mas vocês nunca deixarão de ser pais. Aproveitem cada segundo". Se for abortar, se abstenha de ser pai. Você não merece tamanha dádiva!
#paitambemaborta #contraoaborto
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