Há 35 anos quando cheguei no seminário, a primeira palavra que ouvi ministrada pelo Deão, Pr. Jessé Henrique, foi: “você precisa morrer para os seus direitos!” Nunca mais esqueci. O custo do ministério é renunciar o ‘direito’ de estar perto dos familiares, morar onde gostaria; abrir mão de seguir uma carreira profissional, subindo de patamar em patamar, tendo acessos, até chegar no topo da pirâmide, seja ela econômica, social ou de poder. Abrir mão da possibilidade de ficar rico por meio de uma profissão. Em muitos momentos implica abrir mão de comer, vestir e fazer o que gostaria. No Reino de Deus maior é quem serve. Significa negar a própria vontade, negar a si mesmo. A investidura ministerial são votos feitos para uma vida toda e não apenas para uma fase. Renunciar tudo, quando o tudo que temos é nada, é fácil. Mas o chamado é para trocar tudo pela alegria que nos está proposta e suportar a cruz durante toda a vida terrena. Igreja não é empresa, ministério não é profissão, é vocação. Vocação é o que você faz que nenhum dinheiro do mundo paga.Tem a ver com a razão da sua própria existência. Não existe nada que seja tão importante ou maior do que o propósito de Deus para a nossa vida. Pastor não é vítima, nem coitado. É embaixador do Reino dos céus trabalhando na terra. É um ser que estuda e trabalha muito, com dedicação full time e está à disposição de Deus colocando até mesmo as habilidades profissionais nesta perspectiva do serviço a Deus servindo pessoas. Qualquer atividade ou função social tem o seu lugar, valor, dignidade e importância, mas em termos comparativos nada é igual ao ministério. A maior paga do ministério é o privilégio de ter recebido de Deus a vocação. Vocação essa que vem carregada de dons que são a manifestação da graça de Deus. Somos escolhidos, capacitados e enviados. Somos vasos de barro que carregamos os tesouros de Deus, o evangelho, os dons e talentos Todos os recursos da igreja são aplicados em projetos que promovem a salvação e edificação de vidas. A nossa herança é o próprio Deus. Quando um pastor disser: “eu vou chegar lá!”, ele só pode estar se referindo ao céu e nada mais. A glória celestial que nos está reservada é incomparavelmente maior. Essa é a minha concepção da vocação pastoral. Não importa o tempo, pois ainda que tenhamos pouco tempo no ministério, se realizado como Cristo, depois de nossa partida vai continuar influenciando vidas por gerações. Se eu tivesse várias vidas eu as dedicaria todas novamente ao sublime e sagrado ofício pastoral. Como só tenho uma única e exclusiva vida, a dedico eternamente ao supremo pastor Jesus Cristo.
Pr. Onésimo Ferreira da Silva
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sexta-feira, 8 de novembro de 2019
O Custo do ministério!
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