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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

ORAÇÃO : POR QUE DEVEMOS ORAR ?

A teologia reformada sempre insistiu na importância e eficácia da oração. Deus nos criou e redimiu a fim de que pudéssemos ter comunhão com ele e é nisso que consiste a oração : COMUNHÃO COM DEUS.

Ele nos fala por intermédio da sua revelação especial nas Escrituras e de sua revelação geral na criação. Também nos fala à medida que o Espírito Santo nos capacita para entender a sua revelação, nos convence do nosso pecado e opera em nós para que possamos obedecer à revelação que recebemos e nos regozijar nela.

Em resposta a isso, oramos para falar com Deus sobre ele mesmo, nós, nosso relacionamento com ele e tudo o que existe e acontece na sua criação.

Não há tensão ou incoerência entre a realidade de que Deus é soberano sobre todas as coisas e o fato de que a oração é eficaz. Assim como Deus determinou que o ser humano deve se alimentar para saciar a fome, também determinou que os redimidos devem orar a fim de que certos acontecimentos ocorram. Deus determinou até as orações que devemos fazer, de modo que estas sejam plenamente concordes com o seu conselho eterno. A soberania divina não contradiz, mas sim afirma a nossa responsabilidade de orar.

Embora Deus tenha ordenado que oremos, esse não é o único motivo pelo qual nos dirigimos a ele em oração. Oramos porque somos totalmente dependentes de Deus e precisamos dele e de sua comunhão. Também oramos porque Deus controla todas as coisas soberanamente e, portanto pode fazer o que lhe aprouver; assim pedimos que ele escolha fazer coisas boas por nós. De todos os meios humanos que Deus emprega para realizar o seu plano eterno, a oração sem dúvida é um dos mais poderosos e eficazes, pois pede ao Deus Todo Poderoso que aja em nosso favor. Nas palavras de Tiago, "Muito pode por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5.16).

A oração assume formas e ênfase distintas em situações diferentes e o ensino bíblico acerca da oração pode ser resumido de várias maneiras. Um modo útil de pensar sobre a oração é como uma atividade com quatro elementos a ser realizada pelo povo de Deus individual e coletivamente, tanto em particular (Mt 6.5-8) como uns com os outros (At 1.14; 4.24). Devemos :

I : Expressar adoração e louvor.

II : Fazer confissão e contrita do pecado e buscar o perdão.

III : Agradecer a Deus pelas bençãos recebidas.

IV : Interceder e suplicar por outros e por nós mesmos.

A oração do Pai-Nosso ( Mt 6.9-13; Lc 11.2-4) reúne adoração, petição e confissão; o Saltério é constituído de exemplos dos quatros elementos.

A petição é o reconhecimento humilde de que precisamos de Deus e confiamos nele, de que dependemos de sua sabedoria e bondade soberana. Jesus ensinou que as petições ao Pai devem ser feitas em seu nome ( Jo 14.13-14; 15.16; 16.23-24). Jesus ensina que é apropriado lhe suplicarmos a Deus com persistência fervorosa quando lhe apresentamos necessidade ( Lc 11.5-13; 18.1-8) e afirma que Deus lhe responderá a essas orações de forma positiva. No entanto, devemos lembrar que nem sempre sabemos o que é melhor para nós, mas Deus sabe, e por isso, pode negas os nosso pedidos específicos quanto ao modo como essas necessidades devem ser supridas. Quando Deus não nos concede o que pedimos, muitas vezes isso significa que ele tem algo melhor para nós, como quando o Senhor se recusou a retirar o "espinho" da carne de Paulo (2Co 12.7-9).

CONCLUSÃO : Os cristãos que oram a Deus com sinceridade, fervor, humildade, contrição, um coração purificado e a consciência do seu privilégio, descobrem que o Espírito Santo os leva a orar ainda mais e a confiar plenamente no seu Pai Celestial ( Rm 8.15; Gl 4.6). Eles sentem-se compelidos a orar mesmo que não saibam quais pensamentos ou desejos expressar ( Em 8.26-27). A operação misteriosa do Espírito Santo na oração se evidencia apenas para aqueles que se dedicam ativamente à oração.

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