“Adolescência estendida”. Caracterizada pela permanência do jovem na casa dos pais, negação de assumir responsabilidades e de ser independente de sua família.
Desta forma, é recorrente a constatação de que as mudanças no ciclo de vida familiar em relação ao “ninho vazio” está se transformando por esta a convivência prolongada entre pais e filhos. Assim surge a denominação “ninho cheio” em oposição à experiência da saída dos jovens da casa dos pais “ninho vazio".
Em função destes fenômenos, para muitos casais que se encontram na meia idade, mesmo com a relação conjugal sólida, torna-se mais difícil manter vivo o seu espaço de intimidade, o que poderá desencadear em uma crise, com sintomas de depressão ou deteriorização do relacionamento.
Alguns fatores são apontados por Henriques (2003) como responsáveis por essa adolescência tardia e convivência prolongada entre pais e filhos:
•Ambivalência dos pais no que concerne à saída dos filhos de casa.
•Escolhas profissionais cada vez mais difíceis pelas escassas oportunidades do mercado de trabalho.
•Permissão para o sexo na casa dos pais.
•Conforto e o padrão de vida usufruídos na convivência familiar.
•Adiamento do casamento.
•Baixas expectativas e exigências nos relacionamentos afetivos dificuldadedes de separação entre pais e filhos.
Cabe, portanto, rever as atitudes que mantêm a situação. Em certos casos, a intervenção profissional na família faz-se necessária.
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