Augusto Cury descreve a cena do Lava Pés, no âmbito comportamental e emocional, para servir de exemplo para os discípulos e para nós também:
"Chocando os discípulos com o lavar dos pés"
"Naquela altura os discípulos o valorizavam intensamente, o consideravam nada menos que o próprio “filho de Deus”. Entretanto, naquela noite, ele tomou algumas atitudes que chocaram todos eles.
Nenhum ser humano esteve em uma posição tão alta como a dele. Todavia, paradoxalmente, ninguém se humilhou tanto como ele.
Ele, como comentei no primeiro livro da série Análise..., querendo dar profundas lições de vida nos últimos momentos antes de sua morte, teve a coragem de abaixar-se até os pés dos seus incultos discípulos e lavá-los silenciosamente.
O mestre de Nazaré, por meio de sua intrigante e silenciosa atitude, vacinou seus discípulos contra o individualismo. Inaugurou uma nova forma de viver e de se relacionar. Introduziu no cerne deles a necessidade de tolerância, de busca de ajuda mútua, de aprender a se doar.
Os computadores agem por princípios lógicos. Eles podem até aplicar leis e estabelecer a justiça sem as falhas humanas. Entretanto, jamais desenvolverão a arte da tolerância, solidariedade, percepção da dor do outro. Essas funções da inteligência ultrapassam os limites da lógica.
Uma pessoa é mais madura quando é mais tolerante e menos rígida em seus julgamentos."
Augusto Cury in "O Mestre da Sensibilidade".