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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Reflita!!!

Projeções, constituem os comportamento e pensamentos que são atribuídos ao outro, mas que, na verdade, são formulações nossas, das quais não gostamos ou as quais não aceitamos. Logo, é mais fácil  pensar que o outro pensa e faz algo pouco correto ou ético, do que admitirmos que nós mesmos estamos preenchidos com aquele pensamento, desejo ou comportamento em si. Ou seja, quando o comportamento aparece no outro, nós nos permitimos falar sobre ele e criticá-lo, muitas vezes até ferozmente.

Um exemplo clássico seria o caso das pessoas excessivamente ciumentas que atribuem ao parceiro o risco da traição, sendo que o desejo de trair ou mesmo o ato em si pode estar sendo cometido por elas próprias. No caso, os próprios pensamentos e atos tornam-se motivo de terror quando se imagina que o parceiro pensa ou age da mesma forma; pois, no fundo, a pessoa identifica seu comportamento “inaceitável” no outro. Logo, um mecanismo de defesa age quando o indivíduo não vê o seu comportamento ou pensamento como inaceitável, mas atribui ao outro o inaceitável: “Ele deve estar fazendo algo de errado!”

As eternas vítimas também utilizam-se muito da projeção, pois elas sempre supervalorizarão o que o outro fez “contra” elas, em vez de assumir a sua parcela de responsabilidade nas coisas que acontecem.  

Um exemplo seria aquela pessoa que reiteradamente falha em seus compromissos, palavras e ações, mas que quando é demitida ou deixada de lado, conta sobre a injustiça que sofreu, até mesmo com lágrimas nos olhos. O interessante é que a vítima, nesses casos, não consegue se responsabilizar pelo que fez porque fixa-se no que chama de injustiça. Mais uma vez, os mecanismos de defesa entram em ação ao protegê-la da realidade total e “projetar” uma realidade parcial, mas que a deixa na posição de coitadinha.

Outra forma da projeção se manifestar é através do que chamamos de “idealização projetiva”. A idealização projetiva é o ato de admirarmos um comportamento do outro, mas que nós não seríamos capazes de realizar porque nossa consciência impede.

A maturidade consiste na caminhada que todos fazemos ao identificarmos nossas responsabilidades de maneira global. Aceitar que dentro de nós existem desejos que nem sempre são “bonitos” do ponto de vista social imaginado, mas que fazem parte e compõem o nosso ser e influenciam nossas escolhas. Uma vez que reconhecemos esses desejos podemos escolher com sabedoria se queremos realizar e assumir as responsabilidade pelos nossos atos no lugar de falar mal dos outros ou nos colocarmos no papel de vítimas do destino.

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