O pai tem um papel estruturante, como autoridade e estabilidade, sendo um apoio o qual, quando ameaçado, pode gerar sentimentos de ameaça ao filho.
A criança necessita de um pai para desprender-se da mãe, alguém que lhe remeta a realidade de que a mãe, tem outros interesses além do filho, assim como o filho lentamente pode ter outros interesses além da vida familiar.
Pai representa a realidade e a ordem, alguém que sustenta para que o filho tenha segurança em seu desenvolvimento.
Crianças que sentem o pai presente tendem a ser mais seguras em seus estudos, na escolha de uma profissão ou na tomada de iniciativas pessoais.
Alguns estudos relacionam a ausência paterna a fracassos escolares, comportamentos violentos, dificuldades de leitura, dificuldades de interação social, dificuldades em lidar com regras e limites, sentimento de desvalorização de si, experiência de abandono e sentimento de vazio crônico, entre tantas outras dores.
Viver a ausência paterna é viver um vazio eterno, por que meu pai não quis ser meu pai?
As eternas comparações entre a família que tenho x família de colegas...
Crianças podem se achar más, acreditar ter provocado a separação dos pais, uma eterna culpa por ter nascido pode ser vivenciada.
Pais que foram embora e mães que assumiram o papel de pai/mãe são tão comuns e como é doída essa realidade.
Filhos que vivem a ausência paterna podem se tornar tímidos e temerosos com relação ao mundo exterior, assim se fecham em si mesmos.
Há também os extrovertidos e "terrores da turma", os quais, dolorosamente, buscam um limite que um pai não lhe deu.
Na atualidade, há uma ‘precariedade' no exercício da função paterna, que nada mais é que uma ‘deslegitimação’ das figuras que representam a autoridade/alteridade, tanto na esfera social quanto na esfera privada.
São tempos modernos em que a falta do pai é cada vez mais sentida.
A entrada do pai na vida de um bebê depende de uma mãe que legitime a importância dele e o permita estar ali, o que muitas vezes não ocorre, devido a brigas do casal.
Uma mãe pode até por um filho no mundo, mas É O PAI QUEM LHE DÁ A VIDA E A HUMANIZA.
...... Adendo
A figura paterna é referenciada como representação na psicanálise.
Sempre haverá quem ocupa este lugar! O dado importante é o interdito, ou seja, o limite entre a criança e a mãe. Qualquer pessoa, ou situação que configure um "terceiro" na relação dual auxiliará na organização do psiquismo. No início da vida o bebê humano está mergulhado numa espécie de "eu materno", sempre ocupado no atendimento de suas necessidades. O pai, ou quem faz seu papel, (às vezes é o emprego da mãe) rompe com esta dualidade idílica. Por isto há pessoas que cresceram sem o pai e não se enquadram nas descrições de eventuais problemas. Se a mãe não tiver comprometimento psíquico severo, ela será capaz de, gradualmente, auxiliar seu filho a "ser só" na ausência dela. Quando se estuda determinados problemas, é comum encontrar crianças sem um dos genitores, mas não se pode, nunca, estabelecer relação de causa e efeito.
.......P.W
#diadospais
By #psicanalisetododia
..." NÃO CONSIGO PENSAR EM NENHUMA NECESSIDADE DA INFÂNCIA TÃO INTENSA QUANTO A PROTEÇÃO DE UM PAI."
Freud- O Mal Estar na Civilização. 1930
...... ser presente na presença.
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