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domingo, 13 de julho de 2014

QUAL É O DEVER DA IGREJA HOJE?





 três períodos ao longo de toda
 a história bíblica em que a 
incidência de sinais e maravilhas
 foi realmente intensa. Não que 
em outras épocas não tenham
 ocorrido milagres. O que se diz,
 porém, é que as épocas de 
numerosos sinais miraculosos 
foram apenas três: os anos do 
êxodo, o tempo de ministério
 de Elias e Eliseu e os dias 
de Jesus e seus apóstolos.

Pois bem. Nessas épocas de 
tanta demonstração de poder
 sobrenatural, como os
 incrédulos reagiram?
 Aconteceram grandes 
avivamentos? Reis e
 governantes se converteram
 aos montes? Multidões se
 voltaram quebrantadas para
 o Senhor abandonando seus 
ídolos e pecados? Infelizmente,
 não! Na realidade, é 
surpreendente notar a dureza do
 coração humano mesmo diante das
 mais claras evidências do poder
 de Deus.

Considere-se, por exemplo, 
a figura de Faraó. Ele viu 
sinais fantásticos sendo feitos
 por Moisés (Êx 5–10). Contudo,
 só cedeu à ordem de Deus depois
 que seu filho primogênito foi 
morto (Êx 12.29-33). E mesmo 
esse “arrependimento” não durou
 muito. Logo ele voltou atrás e 
saiu no encalço dos israelitas (Êx 14.5-9).

E quanto aos homens dos dias de
Elias? O ápice da ação sobrenatural
 de Deus naqueles tempos ocorreu
 quando o profeta do Senhor
 enfrentou os profetas de Baal no
 Monte Carmelo e fez descer fogo do
 céu que consumiu o que havia no 
altar e toda a água derramada ao
 redor (1Rs 18.20-40). Depois disso,
 ocorreu acaso algum avivamento 
nacional? A família real abandonou 
o paganismo? Ocorreram conversões
 em massa? Quem dera! A leitura 
do relato bíblico revela que,
depois de uma empolgação
 passageira do povo, o profeta se
 viu sozinho, tendo de fugir da
 fúria dos perversos (1Rs 19.3,4)
 num país em que só uma minoria
permanecia sem curvar os joelhos
 a Baal (1Rs 19.18).

Nos dias de Jesus e dos apóstolos 
não foi diferente. Os evangelhos
 afirmam que Jesus fez muitos 
milagres e vários deles são
 descritos, mostrando que eram 
realmente espetaculares.
 Multiplicação de pães,
 ressurreição de mortos, cura de
 cegos de nascença... Tudo isso 
era feito diante dos olhos das 
pessoas que, boquiabertas, diziam 
que coisas do tipo nunca tinham sido
 vistas em Israel (Mt 9.33).

Mais uma vez, porém, essas reações
 não passaram de entusiasmo 
passageiro. Mesmo testemunhando 
tantos sinais, a maioria das 
pessoas virava as costas para Jesus
 tão logo ele expunha sua mensagem
 (Jo 6.60-66). No final, em vez de
 um avivamento em Israel, o que 
houve foi um levante da multidão 
pedindo a crucificação do Filho de
 Deus (Lc 23.21).

E por aí vai... De fato, o relato 
bíblico mostra que os milagres 
não são a chave que abre o coração
 das pessoas para a fé. É claro
 que existiram exceções 
(2Rs 5.14-17), mas o padrão geral
 mostra que demonstrações de 
poder são capazes de gerar
admiração, mas não conversão 
(At 8.9-24).

Por que isso acontece? A 
resposta é simples. A Bíblia 
ensina que Deus determinou que 
a salvação das pessoas
 acontecesse por meio da
 pregação (1Co 1.21). Paulo 
escreveu que o evangelho
 (não o ato milagroso) é o poder
 de Deus para a salvação de quem crê
 (Rm 1.16) e afirmou que a fé 
salvadora se instala no coração dos
 homens por intermédio dos ouvidos
 e não dos olhos (Rm 10.17). O
 próprio Jesus disse que se alguém
 não ouve as Escrituras (“Moisés e
 os profetas”) não poderá crer
 ainda que veja uma pessoa
 ressuscitar dentre os mortos 
(Lc 16.31).

Assim, a ideia de que precisamos de
 um retorno às épocas dos milagres
 para que ocorram conversões é um 
sonho bobo. Somente a Palavra
 pregada em toda a sua pureza é o
 instrumento que Deus usa para
 transformar incrédulos em crentes.
 Se essa Palavra não quebrar o 
coração de uma pessoa, nada mais
 o fará.Jesus e os apóstolos realizaram. “Já 
imaginou” — dizem — “se vissem 
o mar se abrir ou um morto 
sepultado há dias sair do 
túmulo? Toda a incredulidade
seria varrida pra bem longe e 
o ateísmo morreria de vez!”.
Será, porém, que os milagres
 são mesmo tão eficazes na
 produção da fé? É fácil 
descobrir. Os estudiosos das
 Escrituras dizem que existiram
 três períodos ao longo de toda

Por isso, o dever da igreja hoje
 não é realizar feiras de milagres,
 anunciando aos berros que Deus vai
 “operar maravilhas” aqui ou ali (o
 que nunca se cumpre). Seu dever é 
pregar o puro evangelho com vigor,
 constância, clareza e coragem para 
que veja o maior milagre que pode 
ocorrer na vida de uma pessoa: a sua
 transformação, pela fé, em nova
 criatura (2Co 5.17).

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