Estamos vivendo um tempo de pregação pobre, aguada e mal preparada. É a superficialidade do púlpito. “O púlpito, que outrora viveu dias de poder e ascensão, em muitas igrejas, hoje enfrenta terrível declínio”. O púlpito, com raras e honrosas exceções, está cambaleando.
A pregação da palavra vem sendo sepultada em muitos lugares. O momento da palavra já não é mais esperado com expectativa. A exposição bíblica tem sido substituída por clichês e frases prontas. É a era do “evangelho coaching”.
Pregadores têm se transformado em palhaços do púlpito. Estamos abrindo espaço para manipuladores de consciência e de emoções. Pior que isso, estamos nos tornando especialistas em fomentar e formar charlatões ávidos por enganar.
Temos visto um púlpito raso porque muitos pastores não tratam com seriedade o estudo da palavra para alimentar o rebanho de Deus.
Já dizia o príncipe dos pregadores, Charles Spurgeon: “Aquele que não semeia no estudo, não colherá no púlpito”.
Infelizmente, o que temos presenciado é um desembocar em emocionalismo barato. O que importa é sentir, ter sensações que gerem arrepios. É a supervalorização dos sentimentos subjetivos que aborta o culto racional.
Quem são os pregadores de maior visibilidade e aceitação? Aqueles que são experts em conduzir o povo a histerias coletivas, a êxtases alucinatórios, a arrebatamentos de sentidos numa espécie de esoterismo pagão.
São pregações que geram arrepios, mas não geram mudanças concretas na vida de quem as ouve.
Não estou defendendo tradicionalismo frio, nem ortodoxia morta. Concordo com M. Lloyd-Jones quando afirma que “Pregação é lógica pegando fogo! É teologia em chamas! É raciocínio eloquente!”. John Wesley disse: “Eu me ponho em chamas e o povo vem me ver pegar fogo”.
Defendo que não podemos fazer das experiências o critério último da verdade. Toda experiência, por mais legítima, bonita e verdadeira que seja, deve ser submetida ao crivo das Escrituras.
Faço parte de uma geração que anseia por uma nova reforma no cristianismo! Que ela comece pelo púlpito, que comece pelos pregadores, que comece por mim.
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