Sede de grandeza
O lugar mais perigoso para se andar é sobre as nuvens. A pessoa se acha melhor e mais vista por multidões. Mas a altitude é o lugar mais fácil de se levar uma queda. Não uma queda com arranhões, mas mortal.
Há um esforço gigantesco para se chegar lá. Concentração, planejamento, dedicação e propósito. A pessoa sobe. Sobe até perder de vista o chão.
O tempo passa. O deslumbramento de outrora não está mais surtindo o efeito inicial. A monotonia começa seu trabalho repetidamente. Já não se é visto como antes.
Aí vem o forte desejo de continuar voando alto. Não se quer ser visto fora da dimensão dos que se sobressaem. O sacrifício pode até parecer exagero... Todos percebem essa ilusão... Mas sem o prestígio permanente, a pessoa vaidosa se frustra.
O combustível da notoriedade vai se esgotando. Surgem o senso de humanidade e igualdade. Descobre-se que são fases da vida. O próprio querubim ungido caiu quando quiz ser mais do que Deus permitiu.
A pessoa passa a inventar meios para não ser rebaixada. A vida deve fluir quase que milagrosamente. Anda-se quase às escondidas. Mas o encanto simplesmente não existe mais.
Na verdade, o jargão popular deve ser levando em consideração o tempo todo: "Pés no chão". Assim é mais fácil se ajoelhar do que cair.
João Batista disse: "É necessário que ELE cresça e que eu diminua." João 3.30
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