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sábado, 17 de abril de 2021

Alerta ais pais!!!

ESSE TEXTO ABAIXO É DE MINHA AUTORIA -Luci Dacsn, E AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS SE ENCONTRAM ABAIXO DO MESMO

BEIJO NA BOCA ...COMPLEXO DE ÉDIPO  INSOLÚVEL?

O beijo na boca é uma forma de relação entre duas pessoas que têm ligação erótica – como um casal – e isso pode confundir a cabeça das crianças. 
Na maioria dos casos, o que leva os pais a adotarem esse tipo de comportamento é o fato de não resistirem à fofura do filho. E, muitas vezes, o hábito é criado quando ele ainda é recém-nascido.
O beijo na boca é uma forma de contato íntimo com quem escolhemos manter afeto. Assim, idealmente, os pais não precisam eleger a boca como um espaço de troca com os filhos quando existem outras opções igualmente ternas e simbólicas de amor, como o beijo no rosto, na testa, o abraço, o cafuné ou o gesto de dar as mãos.
Os pais, por sua vez, precisam pensar um pouco melhor nos comportamentos que têm com os filhos.(ROSELY SAYÃO,psicóloga)  

"Precisamos lembrar que o corpo é da criança, portanto é ela quem precisa aprender a arbitrar a forma como ela é tocada ou deixa de ser. Um dos elementos fundamentais da educação é autorizar que a criança possa arbitrar sobre o corpo dela, ou seja: poder dizer como ela quer ser tocada".

Quando uma criança chega a 5 ou 6 anos, e começa a ter consciência sexual, o beijo nos lábios pode ser estimulante para ela,o beijo na boca é uma prática muito sexualizada na cultura ocidental. Na nossa cultura, o beijo na boca é erotizado. Na bochecha, não.”

A criança não beija na boca e não namora.Para os pais, o namoro infantil pode ser interpretado como uma brincadeira, mas é preciso que se alerte quanto às consequências disso.

As crianças podem chegar em casa um dia dizendo que têm um namoradinho. Sua parte é explicar que namoro é coisa de adulto, que criança não namora  tem amigo

Trazer o olhar e fazer da criança para a realidade é função significativa e importante para sua educação.A educação, desta forma, tem uma função importante para Freud,  De acordo com Freud (1907), o ato de esconder fatos ligados à sexualidade gera curiosidade e uma busca, pela criança, por determinadas coisas que não teriam valor se  tivessem sido esclarecidas anteriormente.

A  orientação da psicanálise com relação às manifestações da sexualidade das crianças, a saber é: interditar o fazer e permitir o dizer,   auxiliando-as na construção de suas próprias representações da sexualidade.
 
Freud atribui enorme importância à presença dos adultos no acompanhamento do desenvolvimento infantil. Esta presença o fez conceituar que toda sexualidade infantil se constrói na relação com os adultos mais próximos, em particular os pais.
  De acordo com Freud (1907), o ato de esconder fatos ligados à sexualidade gera curiosidade e uma busca, pela criança, por determinadas coisas que não teriam valor se   
  
Eis a base para conceber a teoria do complexo de Édipo.   Em 1897, em uma carta a Fliess, Freud aborda a importância que a tragédia de Sófocles – Édipo Rei – veio a ter para o sujeito: “Encontrei em mim, como em toda parte, sentimentos amorosos em relação à minha mãe e de ciúmes a respeito de meu pai, sentimentos esses que, eu penso, são comuns a todas as crianças pequenas.” (FREUD, 1897, p. 358).

  A fantasia sexual tem como tema os pais. A questão não estaria colocada a partir das histórias vividas no dia-a-dia, mas sim em como seriam representadas no inconsciente. Temos aí a pedra fundamental que, mais tarde, seria denominada complexo de Édipo.
  O Complexo de Édipo, drama no qual a criança acredita de fato que poderá concretizar suas ambições de reedição da completude mítica com uma das figuras primordiais, ou seja, com o pai ou com a mãe, está também relacionado à fase fálica e ao complexo de castração.

   Lacan (1955-1956) faz uma releitura do complexo de Édipo que considera a castração como o ponto a partir do qual a estrutura se organiza, tomando o complexo de Édipo como um “operador de estrutura”. A castração passa a ser vista como Lei, e o falo como significante da falta. A Lei à qual o significante está submetido é a Lei da castração que instaura a falta estrutural, que está para todos – com exceção do psicótico – a partir da entrada do sujeito no mundo da linguagem.

  O complexo de Édipo como diretamente relacionado com seu núcleo, que é o complexo de castração  -'beijar os filhos na boca' parece ser , inviabilizar a lei e impossibilitar resolução do complexo de Édipo e seu correlato, Complexo de Castração.

  “educação para a realidade” que Freud postula como a nova educação, é pautada sobre o princípio do reconhecimento dos desejos. É importante fazer a criança considerar a realidade externa, material e social, e suas exigências, mas também a realidade psíquica, a realidade do desejo.  
    
É sempre  bom relembrar:  manifestação da sexualidade em crianças é normal e não merece reprimenda nem preocupação. Mas exige uma intervenção educativa sistemática.  (  SAYÃO)  
  Os pais devem fazer  :
Pais nunca devem mudar de assunto, nem driblar a curiosidade da criança ou fingir que não notou o que ela está falando ou fazendo. Se não souber como agir, procure ajuda de profissionais para lidar com essa situação.  

Perguntar para a criança o que ela entende por namorado, como é o que ela chama de namoro. 
Explicar que ela não tem idade para namorar, que isso não é coisa de criança. Que quando ela tiver do tamanho do pai e da mãe, aí, sim, poderá ter namorado. 

Demarcar funções e lugares dos pais e das crianças. Não acostumá-la a tomar banho com pai e mãe nem dormir na cama com eles. 

Evitar dar beijo na boca da criança, porque ela não sabe diferenciar. 

Explicar, claramente, quais são os lugares e papéis de adultos e crianças:

Manter sempre o diálogo aberto, tanto com o filho quanto com a escola para estar a par do que se passa no ambiente escolar e deixar claro como procede em casa.

“O criador da psicanálise, o austríaco Freud , retomou o mito grego de nome Édipo,e pt complexo de Édipo ,e sua universalidade, para definir a tendência compartilhada por todas as crianças: o desejo (inconsciente, que fique claro) pela mãe ou pai (o do sexo oposto) e a eliminação daquele que é do mesmo sexo, considerado rival. Claro que não acontece assim, ao pé da letra. O mito entra aí para escancarar as coisas e permitir que a gente entenda mais facilmente todos esses sentimentos complicados.” Beijar a criança na boca , é tornar a resolução do complexo de Édipo muito mais difícil e às vezes impossível, acarretando saídas inadequadas. 

Eu gostaria de iluminar meu ponto essencial simplesmente com o seguinte: retire-se o complexo de Édipo e a psicanálise torna-se inteiramente da alçada do delírio. Incontestavelmente o Édipo é a pedra angular do edifício analítico. Ele é uma crise manifesta da sexualidade infantil; uma fantasia inconsciente; um mito social; e o conceito mais crucial da psicanálise.”

Jacques    Lacan,     1967

  A sexualidade da criança  segundo Freud ''contrasta com tudo o que é considerado como uma vivência normal. As crianças desprezam qualquer barreira sexual, da genitalidade ao incesto, característica importante''  

Um dos pontos centrais das narrativas da mitologia é que não adianta fugir, o destino tende a se cumprir e quem já está familiarizado com essa história sabe que os caminhos de Édipo e seus familiares se cruzam novamente. De uma forma bem resumida, toda a profecia é cumprida. Édipo assassina o próprio pai e sem saber que Jocasta é sua mãe, casa-se com ela. Quando descobre a verdade, Édipo cega a si mesmo e Jocasta comete suicídio. 
Tendo como base esse conflito nas relações familiares e os desejos amorosos entre os filhos e as figuras parentais, que Sigmund Freud desenvolveu o conceito chamado Complexo de Édipo. 

O Complexo de Édipo é um conceito do universo da psicanálise, no qual aborda os sentimentos de amor ou ódio que são direcionados às figuras paternas. Segundo Freud, teórico que desenvolveu o estudo, o complexo acontece quando a criança está atravessando a fase fálica, geralmente aos três anos de idade. Nesse período ela passa a receber várias proibições que antes não tinha. Agora, ela já está se preparando para receber regras e limites. É durante esse momento da vida que a criança adquire noções de comportamento, do que é certo e errado, reconhece as relações familiares, distingue seus genitores, e a depender do tipo de relacionamento que ela tenha com seus pais, isso pode interferir diretamente nos relacionamentos futuros, principalmente na esfera sexual.


“O criador da psicanálise, o austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939), retomou o mito grego Édipo ,para definir a tendência compartilhada por todas as crianças: o desejo (inconsciente, que fique claro) pela mãe ou pai (o do sexo oposto) e a eliminação daquele que é do mesmo sexo, considerado rival. Claro que não acontece assim, ao pé da letra. O mito entra aí para escancarar as coisas e permitir que a gente entenda mais facilmente todos esses sentimentos complicados.”

Na família existe o papel do pai e da mãe – que, juntos, formam um casal que dorme junto, que beija na boca! O papel dos filhos é outro. São crianças, e criança não beija na boca, não dorme na cama dos pais, etc. Trata-se de demarcar esses limites de maneira bem clara. Do contrário, fica difícil definir o papel do adulto e da criança. Para ela, criança, dar o “selinho” é o mesmo que namorar? Sendo assim, vemos as crianças ainda pequenas e já com supostos namoradinhos – e incentivados pelos pais, na maioria das vezes.

Criança não beija na boca. Criança não namora! Criança tem amiguinhos mais chegados ou não. Na escola chegamos a ver crianças novinhas que querem até deixar de brincar com os coleguinhas para poderem andar de mãos dadas no horário do intervalo, estando com seus (suas) namoradinhos (as). Sentem ciúmes, monopolizam, privam-se da infância, sem nenhuma razão!

No caso dos filhos que dormem no meio do casal, desenvolvendo em si o direito de estar lá, como fica o casal? Papai dorme com mamãe, papai e mamãe se beijam na boca como namorados. Filhinho (a) não é namorado e, portanto, não beija igual. Beija no rosto, abraça, acaricia, mas nada que se confunda com o carinho ou com o amor do adulto, do casal. Há uma preocupação muito grande (e justa) dos pais, de se atualizarem, de não se distanciarem de seus filhos, mas isso pode e deve ser feito, sem que se abra mão de seu papel, o papel de pai e de mãe, aqueles que representam o porto seguro aos filhos, aqueles que são “adultos”, que orientam,  e que deixam muito bem definida a posição de criança e de adulto na família.

Pode se ter a certeza de que os filhos, no futuro, agradecerão muito a seus pais que não abriram mão do papel com a função paterna – no sentido literal de força, de limite e da função materna – de cuidado, proteção.

Mas beijar seu filho, desde que seja um beijo que transmita amor, carinho ou apego é saudável.
O problema é o fato do baixinho começar a reproduzir essa conduta com outras pessoas. Como entende que se trata de uma confirmação do sentimento que os pais têm por ele, pode passar a dar selinhos nos coleguinhas e não estranhar quando desconhecidos solicitam o mesmo – o que é extremamente perigoso. Nesse sentido, o melhor caminho é sempre optar pelo diálogo. “Se você explicar que o papai e a mamãe beijam na boca, mas que ela não pode porque é criança e que só adultos fazem isso, ela vai entender. É preciso esclarecer que só namorados têm esse hábito e que crianças não namoram. O risco é ‘adultizar’ precocemente os pequenos”tb, não se deve beijar o bebê na boca porque podemos colonizá-los por vírus.É absolutamente errado os pais acharem que está tudo bem beijar os filhos na boca. Por exemplo, a mãe pode sair para trabalhar, contrair o vírus influenza, chegar em casa e dar um selinho no bebê, que também vai ficar doente. Existem muitas outras formas de carinho.
Na família existe o papel do pai e da mãe – que, juntos, formam um casal que dorme junto, que beija na boca! O papel dos filhos é outro. São crianças, e criança não beija na boca, não dorme na cama dos pais, etc. Não é caretice, nada disso. Trata-se de demarcar esses limites de maneira bem clara. Do contrário, fica difícil definir o papel do adulto e da criança. Para ela, criança, dar o “selinho” é o mesmo que namorar? Sendo assim, vemos as crianças ainda pequenas e já com supostos namoradinhos – e incentivados pelos pais, na maioria das vezes.

Embora seja verdade que, para milhões de pessoas, beijar os filhos na boca tenha se tornado uma prática tão comum – que parece improvável pensar que isso possa afetar a saúde emocional de seus filhos – para muitos outros, permanece a dúvida sobre o quão adequado ou prejudicial possa ser este hábito.

Alguns  estudiosos  argumentam que o beijo na boca entre pais e filhos não traz confusão, e são apenas mostras de amor por parte dos pais. De certa forma, eles descartam a teoria de que “um simples beijo na boca” possa confundir os pequenos a respeito do relacionamento deles com o pai ou a mãe.

As crianças começam a ter consciência de sua sexualidade entre 4 e 6 anos  de idade e, portanto, os pais devem evitar gerar laços emocionais confusos.

Com efeito, especialistas  recomendam que, independentemente da idade das crianças, os pais não devem acostumá-las a receber qualquer tipo de expressão afetiva que possa ser estimulante ou mal interpretada no futuro.

Maneiras saudáveis de demonstrar amor aos seus filhos
Abrace-os
Diga-lhes quanto os ama
Escreva cartas para eles
Beije-os nas bochechas e na testa
Apoie-os a cada momento
Brinque com eles

Referências bibliográficas 

Freud, S (1899). Lembranças Encobridoras. 
  Freud, S (1905).  Sobre as teorias sexuais das crianças.
  Freud, S.(1907). O Esclarecimento Sexual das Crianças 
  Freud, S (1923). Organização genital infantil

  Ferenzi, S. Confusão de língua entre os adultos e as crianças: a linguagem da ternura e a linguagem da paixão.  
  Lacan, J . O estádio do espelho como formador da função do eu.  
  Mello, R. P. A construção da noção de abuso sexual infantil  
Nasio, J. D.  Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa

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