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sábado, 6 de janeiro de 2018

Qual o verdadeiro objetivo do louvor!!!

Quais são os propósitos que queremos alcançar com os hinos que cantamos nos nossos cultos de adoração? Esta é uma pergunta fundamental. Se não sabemos o que procuramos alcançar com nossas músicas, não teremos nenhum critério objetivo para decidir quais os hinos que devemos cantar.

Mas por causa da confusão que há sobre este assunto, primeiramente abordarei essa pergunta partindo de uma perspectiva negativa. E a primeira coisa que devemos enfatizar é que não cantamos na igreja para entreter.

Isso deveria ser óbvio para todo aquele que conhece a natureza e a missão da igreja; mas, infelizmente, vivemos no meio de uma geração onde entretenimento e diversão ocupam um lugar preponderante. E a igreja não é imune a essa cultura de entretenimento.

Esta é uma época tendente ao superficial, ao que é breve, ao que é insignificante, o que satisfaz no momento; onde sentir-se bem é mais importante do que ser bom; Onde se ver bem e ter um bom tempo é mil vezes mais importante do que cultivar tudo o que é necessário para viver bem.

E quando essa maneira de pensar começa a penetrar na igreja, um processo de “trivialização” começa imediatamente. As coisas transcendentes, como a glória de Deus, a obra de Cristo, o chamado do evangelho à fé e ao arrependimento, começam a ser “trivialidades”, tratados de forma rápida para que as pessoas se sintam ambientadas.

E as primeiras áreas que provavelmente serão afetadas por essa mentalidade serão o canto congregacional e a música de adoração. Alguns não parecem entender que uma adoração leve e superficial é tão prejudicial e tão contraproducente como uma pregação leve e superficial.

Cantar é um meio de instrução (Col. 3:16). Se não devemos tolerar que a pregação se torne em mera diversão, também não devemos tolerá-lo em nossos louvores.

Lembro-me de que sendo um recém convertido, em algumas igrejas se cantava um corinho que dizia: “Foi uma segunda-feira quando eu me entreguei…”; e assim por diante com cada dia da semana. Era muito divertido. Ou aquele que diz: “Se Jesus te satisfaz, bate 3 palmas”.

Agora, me pergunto, é esse o tipo de coisa que pensamos que o Espírito de Cristo que habita em nós quer que nós cantemos? Nós já vimos que é Cristo pelo Seu Espírito, que abre nossos corações e nossas bocas para louvar a Deus (veja aqui). Mas que tipo de hinos esperamos que Cristo cante conosco?

Essa pergunta não é difícil de responder: aqueles que cumpram o propósito para o qual Ele se encarnou e deu Sua vida na cruz do Calvário. De acordo com Ef. 5:25-26 Cristo entregou-se para a Sua igreja “… para santificá-la”, não para divertir ou livrá-la do tédio.

Embora eu deva esclarecer aqui que o que se opõe à cultura do entretenimento não é a cultura do tédio, senão a cultura da transcendência. Que ninguém pense que estamos defendendo um culto pesado e chato. Não. Nenhum aspecto da adoração deveria ser um sonífero; mas tampouco é suposto ser um passatempo.

Nós não viemos à igreja para nos divertir e nos entreter por um tempo, mas ter comunhão com o Deus que criou os céus e a terra, para nos encontrar com Cristo, contemplar a glória dele, ouvir a Palavra de Deus, renovar o nosso compromisso de nos submeter à Sua vontade e exortar os outros em amor a fazer o mesmo. E nenhuma destas coisas deve se tornar um mero passatempo.

Como diz John MacArthur, falando sobre a música na igreja: “Nunca se deve permitir diminuir o preço do que é inestimável nem banalizar o que é insondável e profundo” (Efésios, pg 316). E não há nada mais precioso e insondável do que as verdades que Deus revelou de Si mesmo em Sua Palavra e que devemos proclamar com nossos hinos e com a nossa pregação.

Cantar na igreja para entreter ou converter o culto de adoração em um espetáculo, não é senão uma profanação do sagrado e uma ofensa ao Deus que nos convoca para adorá-lo com temor e reverência.

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