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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Pentecostal? Claro que sou!

Pentecostal? Claro que sou! 

Mas adepto do pentecostalismo clássico, aquele que foi trazido ao Brasil através de Daniel Berg e Gunnar Vingreen, no qual éramos ensinados que o Batismo com o Espírito Santo mudava o caráter e nos capacitava para a tríplice missão da igreja. 
Aquele pentecostalismo no qual éramos ensinados que falar em línguas era uma forma de adoração e oração pessoal, no qual falávamos com Deus e promovíamos a auto edificação. 
Aquele pentecostalismo que promovia temor quando alguém estava sendo usado com os dons do Espírito. Aquele pentecostalismo no qual nos ensinaram a ouvir e julgar as profecias e não considerar as pessoas com tais dons como superiores. 
Aquele pentecostalismo que pregava que dom não servia para exaltação pessoal, pelo contrário, trazia o senso de humildade próprio daqueles que foram capacitados por Deus para servir. 
Aquele pentecostalismo que nos fazia passar noites em montes e vigílias, de joelhos, na presença do Eterno e clamando por um avivamento genuíno. 
Aquele que nos ensinava que todo o uso devido dos dons estaria de acordo com a Bíblia, sou pentecostal, mas não desse pentecostalismo diluído em teologia da prosperidade, que ensina o povo a declarar, profetizar e determinar. 
Não, de forma nenhuma posso aceitar este pentecostalismo que de "super ungidos" que não podem ser tocados, não tenho ligação com este pentecostalismo que faz pessoas cheias de vícios, com trejeitos afeminados, com práticas promíscuas e carecendo de libertação. 
Sou pentecostal sim, mas não deste pentecostalismo que entrevista demõnios, que distorce o texto bíblico para arrancar até a passagem de ônibus que o ouvinte traz no bolso, que briga para saber quem é o "mais profeta". 

Que monta um grupinho de desigrejados em casa ou que enche um templo de pessoas que já eram membros de outras denominações, não existe a mínima possibilidade de eu ser membro deste "pentecostalismo" de campanhas que determinam a ação de divinas em sete, ou seja lá em quantas semanas. Não posso aceitar este pentecostalismo de amuletos, chavinhas, vidrinhos de azeite enterrados no monte durante sete dias, de lencinho ungido, de água de Israel, de sal grosso ou galho de arruda. Não quero este "pentecostalismo" que ora por um copo com água em cima de uma Tv ou diz que se eu doar 900, 1000 ou 10. 000 mil reais vou ganhar uma benção que meus irmãos nunca ganharão, pois meu dinheiro me faz "especial" diante de Deus. 
Não me tornarei conivente com este "pentecostalismo" que faz ter medo do demônio cortador, migrador ou devorador.
 Não quero pra mim o "pentecostalismo" dos envelopes que serão levados para Israel a fim de receberem uma benção especial, mas só se estiverem recheados com uma mega oferta. Não quero um pentecostalismo de pastores que nos ensinam que só existe um batismo, mas, vão a Israel fazer um segundo batismo no Jordão, como se as águas daquele rio tivesse algum poder sobrenatural para purificá-los. 
Sou pentecostal, mas daqueles que um dia mostrarão ao Brasil que vale a pena sofrer por amor a Cristo e buscá-lo em oração para ser cheio, e continuar pregando que Jesus cura, salva, batiza com Espírito Santo e leva para o céu.

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